Comércio espera antecipação
das medidas para aproveitar movimentação das vendas do Dia dos Pais
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Prefeito Roberto de Jesus e pres. da ACE/CDL, Naiara Lima |
Com a divulgação pelo governador
Romeu Zema, nesta quarta-feira (29/7), das novas regras para o plano Minas
Consciente, criado pelo Governo de Minas para orientar a retomada segura e
responsável da economia nos municípios, comerciantes de Nanuque buscam um novo
fôlego para enfrentar a pandemia.
A intenção é que haja
flexibilização se possível ainda esta semana, para aproveitar o movimento das
vendas para o Dia dos Pais, segundo domingo de agosto, dia 9. Porém, as
mudanças do plano Minas Consciente só estão previstas para valer a partir do
dia 6, quinta-feira da próxima semana, faltando só três dias para a data
comemorativa que deve impulsionar a movimentação nas lojas.
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O governador ressaltou que o novo plano, entre outros pontos, contempla necessidades específicas dos municípios |
Desde abril que Nanuque vai
convivendo com situações extremas: de um lado, o prefeito Roberto de Jesus
mantém as medidas contidas nos decretos, de isolamento social e funcionamento
apenas das atividades consideradas essenciais, em obediência às orientações das
autoridades da Saúde e às regras do Minas Consciente; de outro, a classe
empresarial, representada pela presidente da Associação Comercial e Empresarial
(ACE)/Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Naiara Souza Lima.
Segundo Naiara, já foi marcada uma reunião com o representante do Ministério Público de Minas Gerais nesta sexta-feira (31), às 16h30min, para discutir o assunto.
O NOVO PROTOCOLO - O novo
protocolo, que considerou uma consulta pública com 630 contribuições, pretende
adequar as regras ao momento de platô da pandemia no estado, que indica
estabilidade no número de novos casos e óbitos. Para definir as mudanças,
também foi considerado o aumento de 71,8% no número de leitos de UTI na rede
pública de Saúde nos últimos três meses.
As mudanças do Minas
Consciente passarão a valer no dia 6 de agosto, quando o Comitê Extraordinário
Covid-19 divulgará as ondas a serem seguidas por cada microrregião.
O governador ressaltou que o
novo plano foi desenvolvido para simplificar as regras, tornar os critérios
mais intuitivos e contemplar as necessidades específicas dos municípios,
principalmente aqueles com menos de 30 mil habitantes.
“Após
três meses da criação do Minas Consciente, conseguimos saber o que funcionou
melhor, o que não funcionou tão bem e o que precisava de ajustes. Fizemos uma
mudança nas ondas de reabertura, passando de quatro para três. Também
percebemos que as cores geravam confusão, então agora elas serão como em um
semáforo de trânsito, para tornar mais intuitivo. Outro ponto que queremos
salientar é que os municípios com menos de 30 mil habitantes terão um
tratamento simplificado, já que não possuem transporte coletivo e têm menos
tendência a aglomerações”, disse.
Adaptação
Zema também destacou que a
segunda fase do plano acontece após a decisão judicial que impôs aos municípios
a adesão. “Vimos a necessidade de regionalizar ainda mais, para considerar as
características específicas das cidades, já que elas deverão obrigatoriamente
seguir as regras a partir de agora. Por isso, teremos agora a divisão por
macrorregião e também por microrregião, com as ondas indicadas para cada uma
delas. Os gestores poderão optar por qual regra aderir, a mais ampla ou a mais
específica, de acordo com os critérios que julgar mais adequados no seu
município”, explicou.
O governador lembrou que o
momento ainda não é de relaxamento e é fundamental continuar adotando as
medidas de proteção para manter a doença sob controle em Minas. “Embora o novo
plano proponha a liberação de mais atividades, continuaremos tomando todos os
cuidados. A intenção dos novos critérios implementados continua sendo a de
preservar a vida dos mineiros. O foco é na saúde”, disse.
Ondas
As novas ondas do plano serão
divididas da seguinte forma:
Onda 1 - Vermelha – Serviços
essenciais
Exemplos: supermercados,
padarias, farmácias, bancos, depósitos de material de construção, fábricas e
indústrias, lojas de artigos de perfumaria e cosméticos, hotéis
Onda 2 – Amarela – Serviços
não essenciais
Exemplos: lojas de artigos
esportivos, eletrônicos, floriculturas, autoescolas, livrarias, papelarias,
salões de beleza
Onda 3 – Verde – Serviços não
essenciais com alto risco de contágio
Exemplos: academias, teatros,
cinemas, clubes
Atividade especial
Escolas (seguirão regras
específicas)
Protocolo
Além da mudança na divisão das
ondas, o novo plano trará um protocolo único de higiene e distanciamento, a ser
cumprido por todas as empresas. As definições específicas, como regras a serem
seguidas em refeitórios ou alojamentos, serão destrinchadas em parágrafos.
Critérios
Outra alteração foi a revisão
dos indicadores que norteiam a tomada de decisão. Agora, passarão a ser
considerados: taxa de incidência Covid-19; taxa de ocupação de leitos UTI
Adulto; taxa de ocupação de leitos UTI Adulto por covid-19; leitos por 100 mil
habitantes; positividade atual RT-PCR; % de aumento da incidência; e % de
aumento da positividade dos exames PCR.
Regionalização
A análise dos dados será feita
no âmbito microrregional, que vai agrupar um número menor de cidades para
contemplar características mais específicas. Semanalmente, serão divulgados os
índices da microrregião e da macrorregião, com ondas recomendadas para cada uma
delas, conforme os indicadores.
A tomada de decisão sobre qual
critério seguir, o recomendado para a macro ou a microrregião, ficará a cargo
de cada prefeito.
Municípios pequenos
Outro ponto importante é o
recorte para municípios de até 30 mil habitantes. Esses locais terão a
oportunidade de irem para a segunda onda amarela, independentemente da onda em
que estiver a sua microrregião, desde que a taxa de incidência não esteja
superior a 50 casos para cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Adesão
Até o dia 29 de julho, 302
municípios mineiros haviam aderido ao plano Minas Consciente, o que representa
35% do total. Ao todo, 7 milhões de mineiros já estão contemplados.
Consulta pública
A revisão do Minas Consciente
foi realizada após consulta pública, que contou com 630 contribuições, sendo a
maior desde o lançamento do site Consulta Pública.