Dúvidas, insegurança, incerteza e
desinformação baralham cabeça principalmente dos novatos
No próximo sábado, dia 4,
termina o prazo fixado pela Justiça Eleitoral para a definição partidária de quem
for candidato a prefeito e a vereador nas eleições de outubro. Ou resolve até
sábado ou poderá ficar impedido de participar da disputa. O problema é que,
faltando apenas três dias, ainda tem muita insegurança, incerteza e
desinformação baralhando a cabeça dos pré-candidatos, tanto de veteranos na
política quanto dos novatos, principalmente.
EM QUAL PARTIDO EU TENHO
CHANCE DE ME ELEGER?
Esta é a pergunta feita por
quase 100% dos pré-candidatos a vereador, independentemente do fato de ser
veterano ou novato na política.
Com o fim das coligações
partidárias para eleição de vereador, tudo muda. Agora, cada partido deverá
lançar sua própria chapa. Só que o fim das coligações não significa o fim do
sistema eleitoral proporcional, tampouco o fim dos quocientes eleitoral e
partidário, de maneira que o voto dado a um candidato ainda pode contribuir para
a eleição de um outro, dentro do mesmo partido, é claro.
Uma certeza precisa estar na
cabeça dos pré-candidatos: para conseguir eleger pelo menos 1 (um) vereador,
cada partido precisa alcançar, no total de votos dos seus pré-candidatos, algo em torno de 1.600 votos, o chamado quociente
eleitoral, que é obtido pela divisão do número de votos apurados para vereador
(o total, incluindo todos os partidos participantes da eleição) pelo número de vagas
na Câmara Municipal.
Portanto, dentro do mesmo
partido, todos precisam ter o espírito de união, pois os votos de um podem
ajudar na eleição do outro. Um pré-candidato não pode enxergar o outro como “inimigo”,
mas como aliado. Evidentemente, cada um pedindo voto pra si, pois no final o
mais votado ou os mais votados é que vão garantir a vaga.
UM PEQUENO EXEMPLO DE NANUQUE,
QUATRO ANOS ATRÁS
No caso de Nanuque, nas
eleições de 2016 o total de votos válidos para vereador apurado foi de 21.385
votos. Dividindo-se 21.385 por 13 (número de cadeiras na Câmara), chegou-se a 1.645. Portanto, o quociente eleitoral foi de 1.645 votos.
Quando havia coligação, era
mais tranquilo. Por exemplo: nas eleições de quatro anos atrás, o PMDB (atual
MDB), sozinho, chegou a 1.690 votos. Ou seja: alcançou o quociente eleitoral.
Mas o partido concorreu em coligação com dois outros partidos – o PR e o DEM.
O PR ajudou na coligação com
845 votos e o DEM, com apenas 14. Esses votos foram somados aos 1.690 do MDB,
possibilitando que a coligação elegesse dois vereadores. O nome mais votado da
coligação foi o de Elienis Mulher de Gordinho (do PMDB), com 558 votos. O segundo
lugar na coligação foi Solon Ferreira (também do PMDB), com 511.
Portanto, se a coligação fosse
proibida em 2016, o PMDB só teria feito um vereador, no caso, Elienis.
Mas, por que Solon foi eleito?
Aí vem a resposta: na mesma coligação estavam, por exemplo, Junior São Geraldo
(PR), que teve 397 votos, Manoel Capa Onça (PR – 116 votos) e Cau do Treiler (PR
– 94 votos), além de outros menos votados.
Então, juntando-se os votos
dos candidatos do PR e do DEM aos do PDMB, o total chegou a 2.549 votos dentro
da coligação, possibilitando a eleição do segundo mais votado (dentro da
coligação), que, no caso, foi Solon.
Se houvesse uma terceira vaga
para a coligação, Junior São Geraldo (PR) garantiria a cadeira, pois era o
terceiro mais votado na coligação. Outro candidato do PMDB, Juvenal do
Sindicato, com 168 votos, ficou em terceiro lugar dentro do partido, mas ficou
em quarto dentro da coligação.
⇶ Aguardem novas postagens que
vão ajudar o grupo de pré-candidatos a vereador a entender melhor como funciona
a chamada “matemática política” dentro de uma eleição.
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