PEDAGOGA DIZ QUE PERMANÊNCIA DO COMÉRCIO FECHADO EM NANUQUE É INACEITÁVEL

Mônica Caldas diz que comércio está fechado há 5 meses e número de casos da Covid-19 só aumentando

Com o número de casos confirmados de Covid-19 em Nanuque aproximando-se da faixa de 1.000, com 29 óbitos até agora, não parece ser racional nem compreensível culpar o comércio por esta situação, já que a maioria das lojas encontra-se fechada há quase cinco meses.

O dilema deixa indignado não apenas quem atua diretamente na atividade comercial, mas pessoas ligadas à classe empresarial e moradores da cidade. É o caso de Mônica Caldas de Carvalho, profissional do magistério, ex-diretora, especialista e professora em várias escolas da rede estadual.

“É lamentável que muitas pessoas tenham sido contaminadas e muitas vidas foram perdidas, infelizmente. Mas, na minha opinião, o comércio da nossa cidade foi fechado precipitadamente, e isso tem gerado um prejuízo enorme aos empresários, que têm aluguéis, contas de água e luz, encargos sociais, funcionários, mercadorias a pagar e, consequentemente, gerando um alto índice de desemprego”, observa ela.

Explica: “Nanuque, mesmo sem pandemia, já é pouco geradora de empregos, devido à ausência de indústrias.”

Mônica questiona: “Só o comércio fechado adianta?” E acrescenta: “As ruas estão cheias de pessoas circulando sem máscaras, filas gigantescas nas lotéricas e nos bancos, as pessoas sem distanciamento mínimo sugerido pela OMS. Tenho, inclusive, lido notícias de inaugurações com aglomeração de pessoas. O comércio está fechado há aproximadamente cinco meses, e o número de casos só aumentando.”

INACEITÁVEL

“Não entra na cabeça de uma pessoa normal essa situação. É inaceitável. Por que somente o comércio tem que ser penalizado? Porque não fazer como as cidades circunvizinhas e demais estabelecimentos da própria cidade? Seguir as mesmas normas que seguem as farmácias, supermercados, padarias, como aferir a temperatura, exigir o uso de máscaras, álcool gel, limitar o número de pessoas no interior dos estabelecimentos.”

E finaliza, em tom de desabafo: “Há quase dois meses, já tínhamos várias empresas fechadas e número de demissões na faixa de 600 trabalhadores. Se continuar assim, Nanuque vai fechar o ano 2020 em estado de falência, de desespero, pois aqui o comércio é o principal gerador de empregos. Famílias já estão passando por sérias dificuldades, e a situação só tende a piorar. É preciso ter atitude, é preciso buscar uma solução conjunta, de maneira racional. Ninguém vai aguentar por muito tempo!”