quinta-feira, 28 de maio de 2020

USO DA CLOROQUINA: SOLON CRITICA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE


Presidente da Câmara de Nanuque é favorável ao uso da substância e diz que entidade é contra o governo


Por várias vezes, durante as últimas reuniões da Câmara Municipal de Nanuque, o presidente Solon Ferreira da Rocha Filho, tem manifestado, de forma categórica, a sua opinião a favor do uso da cloroquina e hidroxicloroquina nos casos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19).

Na sessão da última segunda-feira (25), ao criticar a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que anunciou a interrupção do uso da cloroquina e hidroxicloroquina em testes para tratamento contra a Covid-19, Solon disse que tudo não passa de “jogo de interesse mundial”.


Foram estas as palavras do vereador:

“OMS usa de má fé, certo? Maioria da medicina brasileira tá seguindo o que a OMS fala, certo? (...) Ninguém procura saber quem comanda essa OMS, ninguém quer saber quem é, porque é do lado contra o governo. Fizeram uma lista das pessoas lá, 99% das pessoas é tudo comunista, tudo comunista. É um jogo de interesse mundial”.

Confira o vídeo completo da reunião da Câmara ↓



A DECISÃO DA OMS

O motivo é um estudo publicado pela revista científica Lancet, que envolveu mais de 96 mil pessoas e mostrou que não só não há benefícios no uso desses medicamentos contra o vírus SARS-CoV-2, como há um risco aumentado de morte para os pacientes.

A cloroquina era uma das substâncias consideradas promissoras para o tratamento da doença pelo novo coronavírus, por isso entrou no projeto SOLIDARITY da OMS, em março deste ano, um estudo colaborativo mundial para avaliar a ação das principais drogas no tratamento da Covid-19.

Segundo o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a interrupção vai acontecer enquanto o Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados, do Grupo Executivo do estudo SOLIDARITY, analisa os dados disponíveis sobre benefícios e malefícios da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19. Apesar disso, Tedros reforçou que o uso desses medicamentos em doenças autoimunes e contra a malária é seguro e eficaz, não devendo haver suspensão para esses pacientes.

Enquanto isso, os testes com os outros medicamentos do estudo mundial continuarão. São eles: o remdesivir, que é o medicamento usado contra o ebola; a combinação de lopinavir e ritonavir, usado no coquetel contra o HIV; e o interferon-beta, uma molécula que, em testes anteriores, demonstrou efeito em macacos da espécie saguis infectados pela síndrome respiratória do Oriente Médio (Middle East respiratory syndrome – MERS).

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