terça-feira, 9 de julho de 2019

ARQUIVO: TEXTO DE SÓSTENES ARAÚJO FREIRE, O “CUMPADE TOTE”, SOBRE NANUQUE PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2011


A verdade que ninguém vê ou finge que não vê


Sóstenes Araújo Freire, o conhecido “Cumpade Tote”, ícone de nossa cultura com reconhecimento nacional, hoje na faixa dos oitenta e tantos anos, a pedido do editor Prof. Ademir Jr., em fevereiro de 2011 escreveu um artigo para o JORNAL OBJETIVO sobre a realidade de Nanuque.

Na época, estávamos no terceiro ano do terceiro mandato do ex-prefeito Nide Alves de Brito, que governou entre 2009-2012. Nesta republicação, oito anos depois, permitimo-nos a atualizar o texto para o cenário deste julho de 2019, sem alterar o raciocínio, o entendimento e as referências do autor.

Para quem não sabe, Tote foi vereador em Nanuque no mandato de 1959 a 1962, quando não havia remuneração para quem exercia o cargo.

Leia!


A verdade que ninguém vê
ou finge que não vê

Sóstenes Araújo Freire – o Cumpade Tote


Muitos como eu, morando, vivendo em Nanuque há mais de meio século, podem testemunhar essa triste e desanimada realidade. Porém, mais que testemunhar, nós que votamos, pagamos impostos e queremos o melhor para a nossa terra, temos o dever de lutar contra esse estado de coisas.

Mas parece que o povo perdeu a noção do protesto e da indignação, e assiste, calado e passivamente, Nanuque no seu pior e mais grave estado de decadência. É hora de buscar  entender e aplaudir o engraxate Damião, que até recentemente gritava a todo pulmão pela cidade: “Acorda, Nanuque!!!”


Fazer o quê? Ensina o velho ditado que “cada povo tem o governo que merece”. Contudo, ainda acho que o povo de Nanuque merece coisa melhor.

É triste ver as cidades vizinhas (Montanha, Mucurici, Mucuri, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas, Ibirapuã e outras) se desenvolverem, enquanto Nanuque, que já foi referência nesta região de MG, BA e ES, andar de marcha à ré, por falta de governo sério e competente.

Isso tudo seria praga, castigo ou mera coincidência? Não, não é nada disso. Isso se chama consequência! É o resultado da ignorância, da preguiça, da indolência, da vaidade e do personalismo de quem se julga acima de tudo e de todos.

É a falta de amor à terra e de compromisso sério e preocupação com um povo.

Ainda é tempo de corrigir ou, pelo menos, tornar o mal menor. O ano de 2020 já está perto. É só botar a mão na consciência e, com critério e responsabilidade, dar a Nanuque um governo sério, honesto, competente, dinâmico e progressista. E, principalmente, que tenha humildade e sabedoria de ouvir “a voz rouca das ruas”, como pregava Ulysses Guimarães.

São observações de quem conhece a história de Nanuque há mais de 60 anos. 


  


2 comentários:

  1. E veja que se passaram 8 anos e continua com uma política de deixar Nanuque na mesma situação de sempre, quando vivi em Nanuque e vendo hoje, sempre naquela época já percebia tudo que ele escreveu, pois me lembro quando ia com o meu pai e o Seu Celestino do de um caminhão onde meu pai naquele tempo década de 60 e 70 levava mercadorias para vender nas mesmas cidades que hoje estão à frente de Nanuque em desenvolvimento, como Ibirapuã, Lajedão, Mucuri, Itamaraju, Teixeira de Freitas e iamos até Prado, Alcobaça, e mercadorias de uso comum, alimentos e produtos de limpeza, outra época já em 70 o saudoso Salgadinho tinha uma frota de kombis onde os vendedores/motoristas iam para as mesmas cidades levando pão, bolo, biscoitos de fabricação da Padaria Sto Onofre, e hoje estão vendo que até o asfalto evoluiu as outras cidades e Nanuque parou no tempo, tudo por causas de politicos escolhidos errôneamente para administrá-la. Roberto.

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