A verdade que ninguém vê ou finge que não vê
Sóstenes Araújo Freire, o conhecido “Cumpade Tote”, ícone
de nossa cultura com reconhecimento nacional, hoje na faixa dos oitenta e
tantos anos, a pedido do editor Prof. Ademir Jr., em fevereiro de 2011 escreveu
um artigo para o JORNAL OBJETIVO sobre a realidade de Nanuque.
Na época, estávamos no terceiro ano do terceiro mandato
do ex-prefeito Nide Alves de Brito, que governou entre 2009-2012. Nesta republicação,
oito anos depois, permitimo-nos a atualizar o texto para o cenário deste julho
de 2019, sem alterar o raciocínio, o entendimento e as referências do autor.
Para quem não sabe, Tote foi vereador em Nanuque no
mandato de 1959 a 1962, quando não havia remuneração para quem exercia o cargo.
Leia!
A verdade que
ninguém vê
ou finge que não vê
Sóstenes Araújo Freire – o Cumpade Tote
Muitos como
eu, morando, vivendo em Nanuque há mais de meio século, podem testemunhar essa
triste e desanimada realidade. Porém, mais que testemunhar, nós que votamos,
pagamos impostos e queremos o melhor para a nossa terra, temos o dever de lutar
contra esse estado de coisas.
Mas parece
que o povo perdeu a noção do protesto e da indignação, e assiste, calado e passivamente,
Nanuque no seu pior e mais grave estado de decadência. É hora de buscar entender e aplaudir o engraxate Damião, que até recentemente gritava a todo pulmão pela cidade: “Acorda, Nanuque!!!”
Fazer o quê? Ensina
o velho ditado que “cada povo tem o governo que merece”. Contudo, ainda acho
que o povo de Nanuque merece coisa melhor.
É triste ver
as cidades vizinhas (Montanha, Mucurici, Mucuri, Nova Viçosa, Teixeira de
Freitas, Ibirapuã e outras) se desenvolverem, enquanto Nanuque, que já foi
referência nesta região de MG, BA e ES, andar de marcha à ré, por falta de
governo sério e competente.
Isso tudo
seria praga, castigo ou mera coincidência? Não, não é nada disso. Isso se chama
consequência! É o resultado da ignorância, da preguiça, da indolência, da vaidade
e do personalismo de quem se julga acima de tudo e de todos.
É a falta de
amor à terra e de compromisso sério e preocupação com um povo.
Ainda é tempo
de corrigir ou, pelo menos, tornar o mal menor. O ano de 2020 já está perto. É
só botar a mão na consciência e, com critério e responsabilidade, dar a Nanuque
um governo sério, honesto, competente, dinâmico e progressista. E, principalmente,
que tenha humildade e sabedoria de ouvir “a voz rouca das ruas”, como pregava
Ulysses Guimarães.
São observações
de quem conhece a história de Nanuque há mais de 60 anos.
E veja que se passaram 8 anos e continua com uma política de deixar Nanuque na mesma situação de sempre, quando vivi em Nanuque e vendo hoje, sempre naquela época já percebia tudo que ele escreveu, pois me lembro quando ia com o meu pai e o Seu Celestino do de um caminhão onde meu pai naquele tempo década de 60 e 70 levava mercadorias para vender nas mesmas cidades que hoje estão à frente de Nanuque em desenvolvimento, como Ibirapuã, Lajedão, Mucuri, Itamaraju, Teixeira de Freitas e iamos até Prado, Alcobaça, e mercadorias de uso comum, alimentos e produtos de limpeza, outra época já em 70 o saudoso Salgadinho tinha uma frota de kombis onde os vendedores/motoristas iam para as mesmas cidades levando pão, bolo, biscoitos de fabricação da Padaria Sto Onofre, e hoje estão vendo que até o asfalto evoluiu as outras cidades e Nanuque parou no tempo, tudo por causas de politicos escolhidos errôneamente para administrá-la. Roberto.
ResponderExcluirSalve cumpadi Tote
ResponderExcluir