O anúncio na tarde desta segunda-feira reuniu líderes da
base do governo e da oposição, que se comprometeu a não obstruir as votações
Um acordo para votar projetos apresentados pelo governo
de Minas até 18 de dezembro foi fechado com os líderes dos blocos da Assembleia
Legislativa de Minas na tarde desta segunda-feira (11).
Governo Zema e Assembleia voltam as atenções para os R$
4,5 bi do nióbio. Segundo o líder do governo na Casa, deputado Luiz
Humberto (PSDB), o entendimento permitirá o pagamento do 13º salário ao
funcionalismo público estadual ainda este ano.
Entre os projetos que serão votados até dezembro está o
que antecipa créditos da exploração do nióbio, por meio da Codemig. "A
assembleia tem tentado, por meio dos projetos votados, enfrentar a crise que
Minas Gerais atravessa. E não é diferente de outros estados da federação",
disse o deputado Agostinho Patrus, presidente da ALMG.
Segundo ele, o acordo entre governistas e oposicionistas
é inédito na Casa e um "exemplo da consciência" para enfrentar a
crise. "Chegamos ao acordo para que até 18 de dezembro possamos votar a
antecipação dos créditos da Codemig. Projeto vai ser discutido nas próximas
semanas na comissão de Minas e Energia, depois na de Fiscalização Financeira e
em seguida será pautada no Plenário", disse Patrus.
Líderes da oposição apontaram que vários esclarecimentos
sobre a antecipação dos créditos precisam ser feitos pelo governo, mas que não
existe intenção de obstruir as discussões.
Como parte do acordo, pautas consideradas polêmicas, como
a privatização da Codemig e as propostas do plano de recuperação fiscal
apresentados pelo governador Romeu Zema (Novo) ficarão para 2020.
Perguntado se o prazo (18 de dezembro) ficaria muito
apertado para o pagamento do 13o salário ainda neste ano, o líder do governo
afirmou que a garantia do crédito permitirá que o governo use recursos em caixa
para pagar os servidores em 2019.
Procurado para comentar o acordo, o governo de Minas, por
meio da assessoria de imprensa, informou que as informações serão tratadas em
uma coletiva de imprensa na manhã de terça-feira (12). (Fonte: jornal Estado de Minas, 11/11/2019)
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