ALESSANDRO DESABAFA: “FIQUEI CHATEADO, FUI PEGO DE SURPRESA, NÃO ESPERAVA UMA SITUAÇÃO TÃO VEXATÓRIA”

 

Advogado que seria vice de Roberto admite ter sido substituído depois da convenção, desrespeitando decisão da maioria dentro do Avante

 

Alessandro: indignação

A inesperada troca de vice na chapa do prefeito Roberto de Jesus (Avante), candidato à reeleição, que resultou na substituição do advogado e produtor rural Alessandro Moreira Ferreira, filiado ao Avante, pela bióloga e pedagoga Maria Cristina Dias Barbosa, do PSDB, continua movimentando as redes sociais e o cenário político de Nanuque.

 

Segundo o próprio Roberto, Alessandro desistiu de concorrer.

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Entretanto, Alessandro tem outra versão. Entrevistado pelo editor do blog JORNAL DE NANUQUE, ele descreveu os acontecimentos:

 

“Fomos para a convenção do Avante na terça, dia 15, conforme o edital, já com tudo certo. Eu seria o candidato a vice-prefeito; a convenção iria somente homologar a chapa. Na hora que cheguei ao evento, porém, uma pessoa me abordou perguntando se eu aceitaria deixar a indicação de vice e ceder o lugar para Cristina Barbosa. Eu respondi que a decisão caberia ao prefeito.

 

A convenção estava acontecendo, quando, de repente, chegou uma comitiva do PSDB, anunciando que o partido havia decidido pelo apoio ao Avante em uma coligação majoritária, mas com a condição de indicar o nome de Cristina a vice. Achei algo estranho, inesperado, mas, mesmo assim, permaneci na convenção normalmente. Foi proposta, então, uma consulta interna entre os membros do Avante. A consulta foi feita e, no final, eu ganhei por 13 votos a favor do meu nome na chapa e 11 votos a favor da substituição por Cristina.

 

Eu ganhei a indicação, mas fiquei chateado, pego de surpresa, não sabia que teria votação, não me avisaram, saí chateado, fui exposto a uma situação vexatória. Por várias reuniões do Avante, houve aprovação unânime do meu nome como o companheiro de chapa do prefeito.

 

Saí da convenção abalado, mas convicto do resultado da consulta, uma escolha democrática. Naquela noite de terça-feira, fui dormir na fazenda. No dia seguinte, me procuraram na fazenda para ir à casa do prefeito,  quando falei que se tivesse algum documento pra eu assinar, que pudesse trazer na fazenda que eu assinaria. Porém, lá mesmo na fazenda, tive notícia de que, por volta de 1 hora da tarde, teria acontecido uma reunião de última hora do Avante com o PSDB, e que o próprio prefeito dizia que a indicação do vice ainda estava em aberto, mesmo com o resultado de 13 x 11 da noite anterior.

 

Acho que foi o cúmulo. Ora, eu era o nome indicado pelo partido! Ainda passei por uma votação, que nem sequer estava programada, mas que mesmo assim eu venci, e depois disso tudo, ainda existia dúvida quanto ao candidato a vice... Chegou ao limite. Dessa forma, achei por bem não comparecer mais lá.

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E concluiu: “Confesso que minha vontade era ter participado da chapa e concorrer às eleições. Eu havia firmado minha palavra de homem, já havia incorporado a campanha, já havia aparecido em matérias da imprensa e redes sociais. Infelizmente, terminou assim.”