💪 Governador ganhou de virada em 2018 com 75% dos votos
Até o momento, o cenário eleitoral de Minas aponta Zema e Kalil como principais concorrentes ao governo |
Refrescando a memória, na
disputa de quatro anos atrás, Romeu Zema (do partido Novo) “pocou” no 2º turno
com nada menos que 75,03%, recebendo do eleitorado nanuquense 11.907 votos, bem
acima do seu concorrente, Antonio Anastasia (PSDB), que não passou de 3.962
votos (24,97%).
Vale lembrar que Anastasia
chegou a governar o Estado entre 2011 e 2014.
Zema ganhou de virada em Nanuque,
já que no 1º turno da eleição os números foram bem diferentes. Fernando
Pimentel (PT) foi o mais votado, com 5.869 votos (36,31%), e Anastasia ficou em
segundo - 5.435 (33,63%). Zema apareceu em terceiro, com 4.545 votos (28,12%).
Fácil deduzir que em Nanuque o
eleitorado simpático ao PT, maior adversário do PSDB naquela eleição, descarregou
seus votos em Romeu Zema para garantir a derrota de Anastasia.
Na apuração total de Minas
Gerais, Zema foi eleito governador com quase 7 milhões de votos (6.963.806 –
71,80%) contra 2.734.452 votos (28,20%). Os percentuais de Nanuque e do Estado
foram bem parecidos.
E AGORA?
A votação maciça que Zema
recebeu em Nanuque não foi suficiente para animá-lo a “fazer uma média” com a
cidade. No decorrer de três anos e quatro meses, nenhuma obra de vulto foi
executada, nenhum investimento, nenhuma ação de destaque, a não ser a rotina de
repasses obrigatórios do governo estadual. Aliás, os últimos governantes que
passaram por Minas Gerais não foram nada generosos com Nanuque.
Importante lembrar que nem a
representação do seu partido, o Novo, existe no Município. Aliás, nunca
existiu. Nenhum grupo político aproveitou o governador para montar um núcleo do
partido por aqui. Pode ser que aconteça nas próximas semanas, mas, com certeza,
vai sinalizar um mero ato de oportunismo político.
Por outro lado, o principal
adversário de Zema até o momento, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil,
que deixou o mandato recentemente para concorrer a governador, é do PSD,
partido que em Nanuque é presidido pelo ex-vereador Edson Fernandes dos Santos,
o Mandela.
VÍNCULOS COM BOLSONARO E LULA
Nessa sexta-feira (15), Kalil
apareceu na TV aberta em sua primeira propaganda audiovisual como pré-candidato
ao governo mineiro. Em sua fala, buscou associar Romeu Zema ao presidente Jair
Bolsonaro (PL). Chamou o governador de "capacho" do presidente da
República. Disse Kalil: "Gasolina a R$ 8, a inflação na Lua e um governo
capacho do Bolsonaro e da sua família. Aqui em Minas, não!"
Tudo indica que Kalil vinculará sua campanha ao ex-presidente Lula, pré-candidato pelo PT que a maioria das pesquisas coloca como favorito na disputa presidencial.
Nestes cinco meses e meio que faltam para as eleições, muita coisa vai
acontecer em Nanuque, em Minas e no Brasil, sacudindo o balaio da política.
Prof. Ademir Rodrigues de
Oliveira Jr.
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