terça-feira, 11 de dezembro de 2018

COM CRÍTICAS ÀS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM NANUQUE, MÉDICA ASSUME POSTO EM BETIM/MG


Thaís: “A carga horária lá era maior, o salário era menor e nós não recebíamos em dia.”

A médica Thaís de Oliveira Cardoso
(foto de Ronaldo Silveira -
jornal O Tempo - Betim-MG)

A médica Thaís de Oliveira Cardoso, de 25 anos, que atuou recentemente na área de saúde pública em Nanuque, assumiu na semana passada uma das vagas de trabalho que eram ocupadas por médicos cubanos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de Betim/MG, Região Metropolitana de Belo Horizonte, dentro do Programa Mais Médicos.

Ao assumir o posto, afirmou: “Fui muito bem recebida pela equipe e pelos moradores. Gostei muito da estrutura do posto de saúde, que é muito melhor do que a da unidade em que eu trabalhava antes”, afirmou a médica, referindo-se a Nanuque.

Os médicos do Mais Médicos recebem um salário bruto de R$ 11.865,60 por 36 meses, com possibilidade de prorrogação. As atividades dos profissionais incluem oito horas acadêmicas teóricas e 32 horas na unidade.

Segundo Thaís, atuar no Mais Médicos tem mais vantagens, por isso ela optou por sair do posto em que atuava em Nanuque. E reclamou: “A carga horária lá era maior, o salário era menor e nós não recebíamos em dia. Agora, no programa, tenho a certeza que vou receber no fim do mês.”

(Fonte: Conselho Reg. Medicina/MG)

Formada na Faculdade de Minas (Faminas), em BH, Thaís acredita que o rompimento de Cuba ao Mais Médicos beneficiou os profissionais brasileiros. “Desde que me formei, queria fazer parte do programa. O rompimento de Cuba com o Brasil criou essa oportunidade”, admitiu.

Saída de Cuba

A saída dos médicos cubanos do Brasil foi uma decisão unilateral do governo de Cuba, anunciada no dia 14 de novembro, depois que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fez exigências para a continuidade do programa Mais Médicos no Brasil.

Em declaração publicada em seu Twitter, também no dia 14, Bolsonaro defendeu que, para que o acordo entre os dois países continuasse, os profissionais cubanos teriam que realizar teste de capacidade, receber integralmente o salário pago pelo governo brasileiro e ter liberdade para trazer suas famílias para o Brasil. O comunicado de Cuba da decisão de romper com a parceria foi feito logo após as declarações de Bolsonaro.

Logo após o ocorrido, o governo federal, mesmo sem Bolsonaro ainda ter assumido como presidente, lançou edital para recrutar 8,5 mil médicos para substituir os cubanos, prometendo efetivar as trocas neste mês de dezembro. (Com informações do jornal O Tempo, de Betim/MG - 06/12/2018)


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