terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

TUNISIANO QUE JÁ TEVE 7 EMPREGOS EM DUBAI VIRA USUÁRIO DE CRACK NO ES FOI ASSASSINADO POR COLEGA QUE TINHA MANDADO DE PRISÃO EM NANUQUE

Um homem de 46 anos foi preso neste domingo (4) e confessou ter matado o tunisiano Makram Raddaqui, no bairro São Geraldo, na Serra, no Espírito Santo, em dezembro. O suspeito disse à polícia que foi um crime de vingança.

Makram Raddaqui foi morto no
dia 29 de dezembro de 2017
(Foto: Arquivo Pessoal)

O crime aconteceu na madrugada do dia 29 de dezembro de 2017. O delegado Rodrigo Sandi Mori explicou que o criminoso consumia drogas junto com a vítima.

“Dez dias antes do crime, eles estavam consumindo drogas juntos, autor e vítima, e a vítima teria dado uma bucha de maconha para o autor e mandado ele oferecer essa droga para uma determinada pessoa que estava próximo ao local. Segundo o autor, essa pessoa seria um suposto policial. Quando o autor foi oferecer a droga, ele fala em depoimento, essa pessoa teria agredido ele, ficado com raiva, batido nele”, disse o delegado.

Como vingança, o suspeito planejou a morte do tunisiano. “No dia do crime, por volta de 4h ele atraiu a vítima para um local ermo em um areal no bairro São Geraldo, a fim de usarem uma pedra de crack, quando a vítima estava consumindo, ele sacou uma arma de fogo e efetuou três disparos de arma de fogo na vítima. Um deles acertou a axila e acabou indo a óbito no local”, completou.

Depois do crime, a embaixada da Tunísia e familiares da vítima entraram em contato com a polícia. “Essa vítima falava sete idiomas, tinha vários empregos em Dubai, na Tunísia. Era um rapaz muito querido. Infelizmente veio para o Brasil conhecer um primo, chegou a trabalhar, mas acabou conhecendo o crack também”, disse o delegado Sandi.

"Perdeu família, a vida, perdeu os sonhos. O que a droga faz? Além de destruir o organismo, ela destrói sonhos, destrói família e no caso dele a própria vida. Um cara que tinha tudo acabou perdendo em razão do crack".

A prisão do suspeito aconteceu no mesmo bairro onde o crime foi cometido. Segundo a polícia, ele estava sendo monitorado há duas semanas. Ele foi pego na tarde do domingo (4) e não resistiu à prisão.

O suspeito confessou o crime. Ele já tem uma extensa ficha criminal: passagens por tráfico, porte ilegal de armas, tentativa de homicídio, homicídio, mandado de prisão em aberto por furto pela comarca de Nanuque, e cumpria uma pena de 19 anos em Minas Gerais.


O corpo de Makram Raddaqui foi enviado de volta para a Tunísia 20 dias depois da morte dele. A embaixada acompanha as investigações. (Fonte: g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia)

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