Um homem de 46 anos foi preso neste domingo (4) e
confessou ter matado o tunisiano Makram Raddaqui, no bairro São Geraldo, na
Serra, no Espírito Santo, em dezembro. O suspeito disse à polícia que foi um
crime de vingança.
Makram Raddaqui foi morto no dia 29 de dezembro de 2017 (Foto: Arquivo Pessoal) |
O crime aconteceu na madrugada do dia 29 de dezembro de
2017. O delegado Rodrigo Sandi Mori explicou que o criminoso consumia drogas
junto com a vítima.
“Dez dias antes do crime, eles estavam consumindo drogas
juntos, autor e vítima, e a vítima teria dado uma bucha de maconha para o autor
e mandado ele oferecer essa droga para uma determinada pessoa que estava
próximo ao local. Segundo o autor, essa pessoa seria um suposto policial.
Quando o autor foi oferecer a droga, ele fala em depoimento, essa pessoa teria
agredido ele, ficado com raiva, batido nele”, disse o delegado.
Como vingança, o suspeito planejou a morte do tunisiano.
“No dia do crime, por volta de 4h ele atraiu a vítima para um local ermo em um
areal no bairro São Geraldo, a fim de usarem uma pedra de crack, quando a
vítima estava consumindo, ele sacou uma arma de fogo e efetuou três disparos de
arma de fogo na vítima. Um deles acertou a axila e acabou indo a óbito no
local”, completou.
Depois do crime, a embaixada da Tunísia e familiares da
vítima entraram em contato com a polícia. “Essa vítima falava sete idiomas,
tinha vários empregos em Dubai, na Tunísia. Era um rapaz muito querido.
Infelizmente veio para o Brasil conhecer um primo, chegou a trabalhar, mas
acabou conhecendo o crack também”, disse o delegado Sandi.
"Perdeu família, a vida, perdeu os sonhos. O que a
droga faz? Além de destruir o organismo, ela destrói sonhos, destrói família e
no caso dele a própria vida. Um cara que tinha tudo acabou perdendo em razão do
crack".
A prisão do suspeito aconteceu no mesmo bairro onde o
crime foi cometido. Segundo a polícia, ele estava sendo monitorado há duas
semanas. Ele foi pego na tarde do domingo (4) e não resistiu à prisão.
O suspeito confessou o crime. Ele já tem uma extensa
ficha criminal: passagens por tráfico, porte ilegal de armas, tentativa de
homicídio, homicídio, mandado de prisão em aberto por furto pela comarca de
Nanuque, e cumpria uma pena de 19 anos em Minas Gerais.
O corpo de Makram Raddaqui foi enviado de volta para a
Tunísia 20 dias depois da morte dele. A embaixada acompanha as investigações. (Fonte: g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia)
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