Na opinião do professor-escritor-poeta e advogado, Gordinho se tornou um "grande autodidata, aprendendo no dia a dia o que as universidades não ensinam..."
João Carlos de Oliveira |
Em comentário postado no Facebook nessa terça-feira (2/7), João Carlos de Oliveira, que durante décadas se notabilizou em Nanuque e região como professor de língua portuguesa, escritor e poeta com vários livros lançados, além de advogado, teceu comentários a respeito do ex-vereador e ex-prefeito Fábio Garcia Tigre, o Gordinho, falecido no domingo passado (30/6).
Escreveu João:
"Foi nosso aluno no Polivalente. Simples, camarada, de notas razoáveis. Nem as do porão negro nem as do topo do Parnaso. E poderíamos dizer que não chegaria ao mérito a que chegou na Política, um meio de difíceis relações e duras contendas?
Analisando seu perfil nesse campo, que em certos momentos é minado, afirmamos que se tornou grande autodidata, aprendendo no dia a dia o que as Universidades não ensinam nem teriam coragem para dissecar como alguém vence nesses debates, de tantas particularidades.
Não há 'mestres' para esse fogo fátuo, que acende e apaga, apaga e acende. Quando sobe uma labareda, ou lavareda, vêm as brasas, ou muita cinza. Quando apaga um foco, de repente vem a labareda (mais popular) forte. E lá vai o homem, subindo, descendo, vencendo, perdendo, na Política, que deveria ser a arte em prol do bem-comum, do bem de todos.
Assim, Gordinho foi prático, sorridente, argumentando com o olhar, vencendo com uma 'palavra' e não muitas. Não precisou dizer tanto para convencer. Foi um behaviorista no mais famoso estilo inglês, a praticidade cotidiana que o colocou na posição, porque normalmente os mais abastados não acreditam na dinâmica dos mais simples na militância da Política.
Por isso, devemos louvá-lo e muito, porque soube de forma particular, dentro de sua autodidaxia simplória, ou caipira, no bom sentido, dar o recado. Lamentável, pois, sua partida prematura, mas deixou bons exemplos.
Parabéns a ele postumamente. Pêsames aos conterrâneos nanuquenses e familiares. Como poderia dizer o saudoso Wilson Marinho da Rocha, na sua advocacia arrojada, coloquemo-lo, isto é, possamos colocar Gordinho, o Tigre, no Panteão da Glória. Fica assim. Não preciso dizer mais para não cair na redundância. Abraços. Professor, poeta, advogado João Carlos de Oliveira, que não é da terra por nascimento, mas o é de coração. Em memória ao falecido, com louvores máximos."
João tem 77 anos, é natural de Jacobina-BA, residiu e trabalhou em Nanuque entre as décadas de 1960 e 90. No início deste século, mudou-se para Teixeira de Freitas-BA.
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