terça-feira, 7 de junho de 2022

JOSÉ OSVALDO REFORÇA CONVITE PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE RECONSTRUÇÃO DA FERROVIA BAHIA-MINAS


Será nesta sexta-feira, 10/6, às 15h, na Câmara Municipal de Nanuque

 

Com o nome de Presidente Bueno, a estação ferroviária de Nanuque ocupava um espaço onde hoje é a Praça dos Pioneiros, perto da Rodoviária


Manifestando fé e entusiasmo com a possível volta da Estrada de Ferro Bahia-Minas, o presidente da Câmara, José Osvaldo Lima dos Santos, está reforçando convite para a audiência pública que a Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa de MG realizará na próxima sexta-feira, dia 10 de junho, às 15 horas, em Nanuque.

 

O assunto será discutido no plenário da Câmara. Dezenas de convites foram distribuídos a prefeitos, vereadores e empresários da região. “Eu acredito que a volta da tão famosa ferrovia, que movimentou a economia da nossa região durante quase 100 anos, pode muito bem se tornar um sonho concretizável”, afirmou o vereador.

 

Vereador José Osvaldo, presidente da Câmara de Nanuque

“Claro que todos nós desta região que abrange nordeste de Minas Gerais e extremo sul da Bahia queremos a volta da Bahia-Minas, mas depende de recursos das esferas dos dois estados e do governo federal. Esta audiência pública, requerida pelo deputado Carlos Pimenta,  já é um importante sinalizador do projeto”.

 

HISTÓRIA

 

Criada em 1882, a Bahia-Minas funcionou até 1966, em uma extensão de aproximadamente 578 quilômetros. Teve como diretriz a ligação do arraial de Ponta de Areia, próximo à cidade de Caravelas, no litoral sul da Bahia, à cidade de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.

 

O ramal ferroviário foi implantado pela Estrada de Ferro da Bahia em parceria com o Governo de Minas Gerais tendo como principal objetivo a exploração e transporte de madeira, e em especial dormentes, para as demais ferrovias, tendo como cliente predominante a própria Estrada de Ferro da Bahia, e como estratégia um porto de exportação a ser instalado em Caravelas.

 

Posteriormente, a concessão foi transferida para a Compagnie des Chemins de Fer Fédéraux de l'Est Brésilien (CCFFEB). Como o comércio de madeira não teve continuidade, nem o porto de Caravelas foi efetivamente implantado, foram propostas outras atividades econômicas para a viabilização da ferrovia, com ênfase no comércio de café, que, devido às seguidas crises econômicas não teve prosperidade. A partir dessa configuração, a ferrovia foi incorporada pela Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB), em seguida transferida ao Departamento Nacional de Estradas de Ferro (DNEF) e à Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO), e finalmente pela Rede Ferroviária Federal S.A. quando foi desativada e extinta em 1966.

 

Após ser desativada, teve grande parte de seus trilhos retirados, seja pela ação criminosa ou por decisão de órgãos governamentais. Uma avaliação técnica recente concluiu que o trecho não teria carga suficiente para viabilizar sua retomada econômica, mas prefeitos e parlamentares acreditam que as potencialidades da região foram subestimadas. Hoje, são vetores econômicos da região a produção e exportação de carnes, celulose e pedras preciosas, dentre outros itens.


Convite divulgado pela Câmara


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