Será nesta sexta-feira, 10/6, às 15h, na Câmara Municipal de Nanuque
Com o nome de Presidente Bueno, a estação ferroviária de Nanuque ocupava um espaço onde hoje é a Praça dos Pioneiros, perto da Rodoviária |
Manifestando fé e entusiasmo
com a possível volta da Estrada de Ferro Bahia-Minas, o presidente da Câmara,
José Osvaldo Lima dos Santos, está reforçando convite para a audiência pública
que a Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa
de MG realizará na próxima sexta-feira, dia 10 de junho, às 15 horas, em
Nanuque.
O assunto será discutido no plenário
da Câmara. Dezenas de convites foram distribuídos a prefeitos, vereadores e
empresários da região. “Eu acredito que a volta da tão famosa ferrovia, que
movimentou a economia da nossa região durante quase 100 anos, pode muito bem se
tornar um sonho concretizável”, afirmou o vereador.
Vereador José Osvaldo, presidente da Câmara de Nanuque |
“Claro que todos nós desta região que abrange nordeste de Minas Gerais e extremo sul da Bahia queremos a volta da Bahia-Minas, mas depende de recursos das esferas dos dois estados e do governo federal. Esta audiência pública, requerida pelo deputado Carlos Pimenta, já é um importante sinalizador do projeto”.
HISTÓRIA
Criada em 1882, a Bahia-Minas
funcionou até 1966, em uma extensão de aproximadamente 578 quilômetros. Teve
como diretriz a ligação do arraial de Ponta de Areia, próximo à cidade de
Caravelas, no litoral sul da Bahia, à cidade de Araçuaí, no Vale do
Jequitinhonha.
O ramal ferroviário foi
implantado pela Estrada de Ferro da Bahia em parceria com o Governo de Minas
Gerais tendo como principal objetivo a exploração e transporte de madeira, e em
especial dormentes, para as demais ferrovias, tendo como cliente predominante a
própria Estrada de Ferro da Bahia, e como estratégia um porto de exportação a
ser instalado em Caravelas.
Posteriormente, a concessão
foi transferida para a Compagnie des Chemins de Fer Fédéraux de l'Est Brésilien
(CCFFEB). Como o comércio de madeira não teve continuidade, nem o porto de
Caravelas foi efetivamente implantado, foram propostas outras atividades
econômicas para a viabilização da ferrovia, com ênfase no comércio de café,
que, devido às seguidas crises econômicas não teve prosperidade. A partir dessa
configuração, a ferrovia foi incorporada pela Viação Férrea Federal Leste
Brasileiro (VFFLB), em seguida transferida ao Departamento Nacional de Estradas
de Ferro (DNEF) e à Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO), e finalmente pela Rede
Ferroviária Federal S.A. quando foi desativada e extinta em 1966.
Após ser desativada, teve
grande parte de seus trilhos retirados, seja pela ação criminosa ou por decisão
de órgãos governamentais. Uma avaliação técnica recente concluiu que o trecho
não teria carga suficiente para viabilizar sua retomada econômica, mas
prefeitos e parlamentares acreditam que as potencialidades da região foram
subestimadas. Hoje, são vetores econômicos da região a produção e exportação de
carnes, celulose e pedras preciosas, dentre outros itens.
Convite divulgado pela Câmara |
Nenhum comentário:
Postar um comentário