terça-feira, 29 de maio de 2018

SETOR DE CARNE BOVINA DEIXOU DE MOVIMENTAR R$ 4,5 BILHÕES


Prejuízos afetam Nanuque

(foto jornal Hoje em Dia)
Nota divulgada ontem pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) estimou que, com a paralisação dos caminhoneiros, o setor de carne bovina deixou de movimentar, somente nestes últimos nove dias, cerca de R$ 4 bilhões e 500 milhões, tanto nas operações para o mercado interno como nas exportações. O presidente executivo da entidade, Péricles Salazar, disse que os países importadores já começam a questionar a capacidade do País de cumprir os contratos de exportação.

De acordo com a Abrafrigo, a previsão era de que o Brasil chegasse a um total de exportações próximo de US$ 7 bilhões em 2018, com crescimento de 10% sobre o ano passado. "Eles começam a se movimentar para cancelar ou considerar extintos estes contratos", informou Salazar.

Péricles Salazar

Além de afetar a economia dos estados e do país, por inteiro, o cenário de prejuízos pode atingir com impacto as cidades que mantêm unidades de abate e exportação de bovinos, caso de Nanuque, onde o Frigorífico Rio Doce (Frisa) é a maior empresa privada e maior gerador de empregos com carteira assinada.


PROTESTOS PARAM 107 FRIGORÍFICOS; SETOR DEIXA DE EXPORTAR 40 MIL T DE CARNE BOVINA

Praticamente todas as unidades produtoras de carne bovina do Brasil estão paradas em decorrência dos protestos de caminhoneiros, e 40 mil toneladas do produto deixaram de ser exportadas até agora, o equivalente a 170 milhões de dólares em receita que deixou de ser gerada, disse a associação da indústria nesta terça-feira.

Conforme a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), das 109 plantas de produção no país, 107 estão paradas, sendo que as outras duas operam com menos de 50 por cento da capacidade.


Além disso, 3.750 caminhões carregados estão parados nas rodovias do Brasil, a maioria com mais de sete dias na estrada, com cargas perecíveis que incluem carne com osso. Esses produtos devem começar a perder a validade a partir de amanhã (quarta-feira), inviabilizando consumo, perdendo embarques e licenças de exportação, frisou a Abiec.

"Os dados ainda são preliminares e muitos prejuízos ainda não foram contabilizados, mas é certo que somente a cadeia produtiva da pecuária de corte já deixou de movimentar valores da ordem de 8 bilhões a 10 bilhões de reais", acrescentou a associação. (Fontes: jornais Extra, do Rio de Janeiro, e Hoje em Dia, de Belo Horizonte)



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