Fim da “lua de mel” entre
prefeito e população
Com desempenho apenas regular, Roberto de Jesus conclui primeiro ano de governo e já começa a enfrentar os mesmos e velhos desafios dos antecessores, agindo tal qual
PARTE 1
ENTENDENDO OS NÚMEROS
-
ROBERTO FOI ELEITO POR UMA MINORIA
Dos quatro anos que
Roberto de Jesus tinha pela frente ao assumir a Prefeitura de Nanuque, dia 1º
de janeiro de 2017, o primeiro ano já se foi e já estamos finalizando o
primeiro trimestre do segundo. Nada mais ilustrativo do que uma pizza pequena,
daquelas que a gente corta em quatro fatias, para ilustrar o primeiro ano de um
mandato eletivo. Sempre uso a pizza como exemplo. Como se diz, para bom entendedor, uma fatia basta.
Traduzindo a prosa em
meses, eram 48; transcorreram-se praticamente 15, mas ainda restam 33. Sem
demora, o segundo pedaço da pizza terá desaparecido do prato. Ou seria do pires?
Historicamente, o povo de
Nanuque é de paz, é bom, paciente, tranquilo e até condescendente em
determinadas situações, quando determinado candidato vence as eleições de
prefeito e começa a administrar o Município. Torcer contra pra quê? A cidade é de todos e todos querem o bem dela.
As coisas, no início, funcionam assim mesmo. É como se o primeiro ano
fosse reservado a uma “lua de mel” experimental. Compreende-se a situação da
Prefeitura, a baixa arrecadação, os eventuais débitos deixados, a velha e
maldita herança que um prefeito normalmente deixa para o sucessor. Sempre foi
assim.
DO ELEITORADO TOTAL, O PREFEITO RECEBEU OS VOTOS DE 22,4%
Nas eleições de outubro de
2016, dos 31.168 eleitores que estavam em situação regular para o voto em
Nanuque, Roberto mereceu o voto de apenas 6.992, ou seja, 22,4% do eleitorado
total. Isso significa que 24.176 eleitores ou não votaram nele, ou votaram nos
outros seis candidatos que concorreram, ou votaram nulo ou em branco ou
simplesmente nem compareceram às urnas para votar.
Vamos compreender melhor
as coisas.
Percentualmente, com base
no eleitorado total, se 22,4% dos eleitores votaram em Roberto, por outro lado
77,6% não votaram nele. A taxa de abstenção foi alta - 28,2%. Ou seja, 8.790 eleitores
com direito ao voto não participaram da disputa. Não compareceram.
Além destes 8.790 que não
foram às urnas, outros 1.226 preferiram simplesmente anular o voto e 615
votaram em branco.
Somando-se a votação
recebida pelos sete candidatos a prefeito, chegou-se à soma de 20.537 votos
apurados, dos quais Roberto ficou com 34,05% dos votos válidos. Um número bem
inferior, por exemplo, ao total de votos obtidos por Jorge Miranda, eleito em
2000 com 13.142 votos, quase o dobro.
Pois bem: de cada 100
eleitores de Nanuque (dos que votaram), aproximadamente um terço passou o ano
de 2017 inteirinho alimentando a esperança de ter dado “o voto certo” para
prefeito, enquanto os outros dois terços, pacificamente, aceitaram o resultado
e torceram para que tudo acontecesse da melhor forma.
Só que o tal ano 1 não foi dos
melhores.
Amanhã tem a segunda parte
desta análise.
PROF. ADEMIR RODRIGUES DE
OLIVEIRA JR.
Infelizmente, voltei a morar em Nanuque e acreditei que ela voltaria a ter o mesmo "boom" de desenvolvimento, outrora fizera parte da minha infancia, cujo futuro foi desvirtuado por administradores medíocres. Tive a infelicidade de conversar com 4 dos últimos prefeitos e fazer a minha crítica, pensando estar contribuindo para que Nanuque, pelo menos chegasse a um inferno de 30% de cidades que eu conheço, antes consideradas com um bairro de Nanuque. Lamentavelmente, nenhum desses prefeitos que ainda estão por ai, tem a ombridade de declarar o seu fracasso como gestor público. Porem, prefiro falar do atual a quem deu o meu voto, e não só isso, toda a minha confiança...Uma decepção! Roberto de Jesus e os vereadores de Nanuque tem o meu repúdio que jamais terão o meu voto, seguindo a tendência de 60% daqueles que cansaram de esperar por um milagre. Melhor acreditarem nas cidades da Bahia e Espírito Santo. Infelizmente, o governador mineiro não tem qualquer respeito pelos mineiros do Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri. Duas regiões há décadas sendo preteridas por obras essenciais pelos governadores de Minas Gerais. (Charles Pinheiro) de
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