sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

BANCO DO BRASIL LIBEROU MAIOR VOLUME DE CRÉDITO RURAL DA HISTÓRIA: R$ 195 BI PARA O AGRONEGÓCIO

 

Leo Costa solicita informações em ofício ao presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Nanuque

 



O Banco do Brasil, maior agente financiador do agronegócio no país, liberou de janeiro a dezembro de 2023 mais de R$ 195 bilhões para o setor. Esse foi o maior desembolso de credito rural da história do banco.

 

Munido dos dados recebidos pela direção municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), o empresário Eleonai de Souza Costa, o conhecido Leo Costa, pré-candidato a prefeito pela legenda, encaminhou ofício a Alessandro Moreira Ferreira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Nanuque, solicitando informações a respeito.

 



No documento, Leo solicita da entidade informações a respeito da destinação de recursos do Plano-Safra 2023-2024 para os produtores rurais do município de Nanuque. O empresário ressalta: “Sendo possível, gostaria que esse Sindicato informasse, inclusive, o total de recursos destinados especificamente ao nosso Município no transcorrer de janeiro a dezembro do ano passado, já que, em âmbito nacional, os valores chegaram a R$ 195 bilhões para o setor, assinalando o maior desembolso de credito rural da história do banco.”

 

O ofício é datado de 19/1, mas foi recebido pelo presidente do Sindicato na quarta-feira passada (24).

 

CRESCIMENTO DE 8,4% EM RELAÇÃO A 2022

 

Informações divulgadas pelo Banco do Brasil sobre o crédito rural (BBAS3) oferecido pela instituição apontam a liberação de R$ 195 bilhões em pouco mais de 612 mil operações, o que representa um crescimento de 8,4% em comparação aos desembolsos de 2022.

 

O recorde de recursos destinados ao agronegócio reafirma a importância do papel do Banco do Brasil e dos bancos públicos para o financiamento da produção nacional, com destaque para os investimentos na agricultura do país, que é uma das grandes prioridades do atual governo, sobretudo o pequeno produtor.

 

O vice-presidente do Banco do Brasil, Luiz Gustavo Braz Lage, reafirmou a importância da experiência da instituição nas relações com produtores e produtoras rurais. “A expertise nas soluções, no relacionamento e a proximidade com o produtor e produtora rural, com a agroindústria e as cooperativas reforçam a relevância do Banco do Brasil para todos os agentes e segmentos da cadeia de valor do agro”, ressaltou.

 

De acordo com a direção do BB, os recursos do Plano-Safra 2023/24 tiveram um peso importante na carteira de crédito rural do banco. Nos seis primeiros meses da safra foram liberados R$ 120 bilhões, incremento de 5,3% sobre o mesmo período do ano anterior e também um desembolso recorde.

 

O banco permaneceu como o principal agente do governo na aplicação dos recursos oficiais. Dos R$ 217 bilhões desembolsados pelo governo nos seis primeiros meses do Plano-Safra, pouco mais de 55% passaram por agências do Banco do Brasil.

 

Em nota, a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, reafirmou do papel do banco público também no apoio à agricultura familiar. “Os números comprovam que temos uma atuação fundamental no apoio à agricultura familiar, que exerce uma função relevante na segurança alimentar e ajuda no equilíbrio dos preços dos alimentos em todo o país”, diz o texto.

 

Crescimento dos bancos públicos

 

Como prova do fortalecimento dos bancos públicos, analistas do mercado financeiro prevêem que em 2024 eles devem continuar a crescer mais força do que as instituições financeiras privadas.

 

Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal (CEF), que sustentaram um aumento de dois dígitos nas carteiras de crédito ao longo de 2023, devem manter uma expansão mais forte graças ao perfil dos negócios em que atuam e do maior conservadorismo dos pares do setor privado, afirmam os analistas.

 

Nos nove primeiros meses do ano, a carteira da Caixa cresceu 11,4% em relação ao mesmo período de 2022, batendo em R$ 1,091 trilhão. No BB, a expansão foi de 10%, para R$ 1,066 trilhão. A título de comparação, o Itaú Unibanco (ITUB4), que também tem mais de R$ 1 trilhão em operações, cresceu apenas 5,7% no mesmo intervalo.

 

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