quinta-feira, 31 de agosto de 2023

SE ENTRAR NO PP OU ATÉ MESMO NO PL, AINDA ASSIM GILSON ESPERA RECEBER APOIO DO PT NA CAMPANHA DE REELEIÇÃO

 

Direção nacional do Partido dos Trabalhadores autoriza aliança com outros partidos, mas veda apenas apoio a candidaturas identificadas com o bolsonarismo

 


Nas eleições do ano que vem, o prefeito Gilson Coleta não poderá mais usar o número 90 para identificação da sua provável candidatura à reeleição, como fez em 2020 com o slogan “Pedra 90”, porque a legenda do número 90, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), pelo qual Gilson foi eleito, deixou de existir.

 

Desde fevereiro deste ano que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu, por unanimidade, o pedido de incorporação do PROS pelo Solidariedade, que é o partido do vice-prefeito Gilmar dos Santos Pereira, o Alemão. Com a decisão do TSE, o PROS adentrou ao Solidariedade, deixando de existir.

 

Segundo informações de pessoas bem ligadas ao prefeito, a possibilidade de sua filiação no Solidariedade é muito remota. Dois partidos aparecem como prováveis na decisão do seu futuro abrigo partidário: o Partido Progressistas (11), que seria o preferido de Gilson no momento atual, ou o Partido Liberal (22).

 

O PP é a legenda da deputada estadual Chiara Biondini, majoritária em Nanuque. O PL é o partido do seu pai, o deputado federal Eros Biondini, também majoritário no Município nas eleições do ano passado, e também a referência partidária do ex-presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a chance de reeleição concorrendo pelo PL ao ser derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Eros Biondini (PL) é o deputado apoiado por Gilson em várias eleições,
... mas o prefeito de Nanuque já recebeu em seu gabinete o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), amigo pessoal e braço direito de Lula, juntamente com o vereador Elson Lima (PT) - arquivo 2021

... e também já esteve no gabinete do deputado em Belo Horizonte - arquivo 2021

PT LIBERA ALIANÇAS

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, na segunda-feira passada (28/8), não barrar alianças com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas eleições municipais de 2024, nem com outras legendas rotuladas de centro-direita ou até mesmo de direita.

 

Pela decisão do diretório nacional do PT ficam permitidas coligações com candidatos do PL nos municípios, desde que apoiem o presidente Lula (PT). Divulgada nesta quarta-feira (30), a resolução do PT proíbe apoio a candidaturas identificadas com o bolsonarismo. “É vedado apoio a candidatos e candidatas identificados com o projeto bolsonarista”, diz o documento.

 

O secretário de Comunicação do PT, o deputado federal Jilmar Tatto (SP), diz não haver um impeditivo em relação ao PL, apenas ao projeto bolsonarista. "Se o candidato a prefeito declarar que estará conosco em 2026, mesmo estando no PL, é permitido aliar-se".

 

Tatto afirma existirem ministros que votaram em Bolsonaro e diz haver candidatos a prefeituras que hoje estão com Lula, ainda que filiados ao PL. "Isso é permitido", diz.

 

Em julho, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, havia dito em entrevista ao jornal  Folha de SP que o governo Lula poderia dar a setores do PL cargos de segundo escalão nos estados. Uma ala do partido de Bolsonaro é mais identificada com o centrão, grupo político que tem se aproximado de Lula no Congresso, do que com o chamado bolsonarismo raiz.

 

GILSON: “PROBLEMA NENHUM” EM RECEBER APOIO DE PARTIDOS DE DIREITA, CENTRO E ESQUERDA

 

“Desde o início do meu governo, tenho mantido uma relação de respeito e parceria com deputados estaduais e federais de diversos partidos. Por isso, não tem problema nenhum em firmar alianças com legendas de direita, de centro e de esquerda. Nanuque está acima dos partidos e das ideologias políticas. O que nos interessa é Nanuque, o desenvolvimento da cidade e o bem-estar do seu povo”, afirmou o prefeito.

 

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