Cabo Júlio chegou ao 6º lugar no Município em 1998. Vai cumprir pena
de prisão em sala especial
(Foto: Ricardo Barbosa - Assemb. Legislativa de MG |
Por cinco eleições consecutivas, o deputado Cabo Júlio
(MDB) apareceu entre os mais votados em Nanuque. Na primeira candidatura, em
1998, a deputado federal, recebeu nada menos que 654 votos, ficando em 6º lugar.
Na disputa seguinte, em 2002, chegou ao 8º lugar, com 571 votos, mesmo
desempenho mantido em 2006 (546 votos), mas caindo para 11º lugar.
Em 2010, já como candidato a deputado estadual, também
garantiu a 11ª posição, com 501 votos. Porém, em 2014, sua votação caiu pela
metade - 286 (18º lugar).
Júlio César Gomes dos Santos nasceu em Belo Horizonte, dia
19 de maio de 1970. Completou, portanto, 48 anos. Quando foi candidato pela
primeira vez, tinha apenas 28 anos.
O deputado estadual Cabo Júlio (MDB) apresentou-se
voluntariamente na Corregedoria da Polícia Civil, na tarde de quinta-feira passada
(7), onde permaneceu até às 23h. Em seguida, foi encaminhado para dar início ao
cumprimento da prisão provisória no 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na
região da Pampulha, onde permanecerá até a análise dos pedidos de habeas corpus
encaminhados à Justiça Federal por sua defesa.
De acordo com a assessoria do deputado, Cabo Júlio está
sereno e acredita que a Justiça deferirá o pedido de liberdade e na reforma da
decisão.
O advogado do deputado Cabo Júlio, Frederico Savassi, informou
que entrou com o pedido de recurso contra a condenação e que impetrou duas
petições de habeas corpos, já que o deputado está condenado em dois processos
diferentes.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)
determinou o cumprimento das penas às quais o deputado estadual Cabo Julio foi
condenado. Por possuir foro privilegiado, já que à época do cometimento dos
delitos Cabo Julio ocupava o cargo de deputado federal, ele foi julgado e
condenado originariamente pelo TRF1.
O deputado Cabo Júlio foi condenado por participação na
chamada “Máfia dos Sanguessugas”, esquema criminoso de desvio de recursos do
orçamento da União, repassados a prefeituras, por meio de emendas
parlamentares, para a compra de unidades móveis de saúde. O esquema foi
desmontado pela Polícia Federal, em 2006, durante a Operação Sanguessuga. O
deputado estadual Cabo Júlio (MDB) cumprirá a pena de prisão em uma sala
especial do Corpo de Bombeiros, segundo a ordem expedida pelo juiz da Vara de
Execuções Penais de Belo Horizonte, Luiz Carlos Rezende. Ainda não há um
posicionamento da Assembleia Legislativa sobre a possibilidade de ele continuar
exercendo o mandato parlamentar, já que o regime da condenação é o semiaberto
e, portanto, ele teria a possibilidade de deixar a instituição prisional
durante o dia.
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