Leo Costa solicita informações em ofício ao presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Nanuque
O Banco do Brasil, maior
agente financiador do agronegócio no país, liberou de janeiro a dezembro de
2023 mais de R$ 195 bilhões para o setor. Esse foi o maior desembolso de
credito rural da história do banco.
Munido dos dados recebidos
pela direção municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), o empresário Eleonai
de Souza Costa, o conhecido Leo Costa, pré-candidato a prefeito pela legenda,
encaminhou ofício a Alessandro Moreira Ferreira, presidente do Sindicato dos
Produtores Rurais de Nanuque, solicitando informações a respeito.
No documento, Leo solicita da
entidade informações a respeito da destinação de recursos do Plano-Safra
2023-2024 para os produtores rurais do município de Nanuque. O empresário
ressalta: “Sendo possível, gostaria que esse Sindicato informasse, inclusive, o
total de recursos destinados especificamente ao nosso Município no transcorrer
de janeiro a dezembro do ano passado, já que, em âmbito nacional, os valores
chegaram a R$ 195 bilhões para o setor, assinalando o maior desembolso de
credito rural da história do banco.”
O ofício é datado de 19/1, mas
foi recebido pelo presidente do Sindicato na quarta-feira passada (24).
CRESCIMENTO DE 8,4% EM RELAÇÃO A 2022
Informações divulgadas pelo
Banco do Brasil sobre o crédito rural (BBAS3) oferecido pela instituição
apontam a liberação de R$ 195 bilhões em pouco mais de 612 mil operações, o que
representa um crescimento de 8,4% em comparação aos desembolsos de 2022.
O recorde de recursos
destinados ao agronegócio reafirma a importância do papel do Banco do Brasil e
dos bancos públicos para o financiamento da produção nacional, com destaque
para os investimentos na agricultura do país, que é uma das grandes prioridades
do atual governo, sobretudo o pequeno produtor.
O vice-presidente do Banco do
Brasil, Luiz Gustavo Braz Lage, reafirmou a importância da experiência da
instituição nas relações com produtores e produtoras rurais. “A expertise nas
soluções, no relacionamento e a proximidade com o produtor e produtora rural,
com a agroindústria e as cooperativas reforçam a relevância do Banco do Brasil
para todos os agentes e segmentos da cadeia de valor do agro”, ressaltou.
De acordo com a direção do BB,
os recursos do Plano-Safra 2023/24 tiveram um peso importante na carteira de
crédito rural do banco. Nos seis primeiros meses da safra foram liberados R$
120 bilhões, incremento de 5,3% sobre o mesmo período do ano anterior e também
um desembolso recorde.
O banco permaneceu como o
principal agente do governo na aplicação dos recursos oficiais. Dos R$ 217
bilhões desembolsados pelo governo nos seis primeiros meses do Plano-Safra,
pouco mais de 55% passaram por agências do Banco do Brasil.
Em nota, a presidenta do Banco
do Brasil, Tarciana Medeiros, reafirmou do papel do banco público também no
apoio à agricultura familiar. “Os números comprovam que temos uma atuação
fundamental no apoio à agricultura familiar, que exerce uma função relevante na
segurança alimentar e ajuda no equilíbrio dos preços dos alimentos em todo o
país”, diz o texto.
Crescimento dos bancos públicos
Como prova do fortalecimento
dos bancos públicos, analistas do mercado financeiro prevêem que em 2024 eles
devem continuar a crescer mais força do que as instituições financeiras
privadas.
Banco do Brasil (BBAS3) e
Caixa Econômica Federal (CEF), que sustentaram um aumento de dois dígitos nas
carteiras de crédito ao longo de 2023, devem manter uma expansão mais forte
graças ao perfil dos negócios em que atuam e do maior conservadorismo dos pares
do setor privado, afirmam os analistas.
Nos nove primeiros meses do
ano, a carteira da Caixa cresceu 11,4% em relação ao mesmo período de 2022,
batendo em R$ 1,091 trilhão. No BB, a expansão foi de 10%, para R$ 1,066
trilhão. A título de comparação, o Itaú Unibanco (ITUB4), que também tem mais
de R$ 1 trilhão em operações, cresceu apenas 5,7% no mesmo intervalo.
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