Não interferência de Gilson na eleição da nova mesa diretora do Legislativo é vital para chancelar bom relacionamento com vereadores
Os Poderes devem ser
harmônicos, sim, mas, acima de tudo, independentes. No caso de Nanuque, o
prefeito Gilson Coleta, que foi vereador por dois mandatos (oito anos),
sabe muito bem disso. Agora reeleito, Gilson tem pela frente mais quatro anos (1º
de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2028) para continuar mantendo uma boa
relação com os vereadores, como foi entre 2021 e 2024. Primeira providência, é
claro, é deixar cada qual no seu cada qual.
O fato de não interferir na escolha
de quem vai ser presidente, vice-presidente e secretário da Câmara no biênio
25-26 é atitude da maior importância para um bom convívio Executivo-Legislativo.
O partido de Gilson, o PP, elegeu
três vereadores (Fabinho, Zezinho e Deda) e o do vice-prefeito Alemão, o
Solidariedade, elegeu dois (Djalma e Cau da Balança). O PL, partido aliado de
Gilson na campanha, também garantiu duas cadeiras (Lozim e Bruce). Elienis,
eleita pelo Republicanos, legenda aliada do prefeito, completa o time. Assim,
logo de cara, pelo raciocínio mais óbvio da política, o prefeito teria o apoio
de oito vereadores.
Dos outros cinco que não marcharam com Gilson nas eleições, Elson Lima (PT) e Gigi (PV), reeleitos, caminharam em paz com o prefeito no decorrer dos quatro anos. Mesma situação ocorre com Sidnei do Frisa (PSB) e Bruno Salomão (PSDB), também reeleitos, que nunca sequer ensaiaram oposição ao governo. A dúvida repousa sobre Lualga Miranda, do MDB, que a todo momento diz que será candidata à presidência da Câmara de maneira “independente”.
A eleição da nova presidência
acontece no dia 1º de janeiro, logo após a solenidade de posse dos vereadores.
No passado, discordâncias e até conflitos declarados entre prefeito e vereadores ocasionaram situações de instabilidade política e administrativa. Gilson, do seu jeito, afinou o diálogo e a compreensão. (Do Editor)
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